Na estrutura que sustenta a operação de uma Empresa, de qualquer segmento, existe um
personagem financeiro que é protagonista da dinâmica empresarial, fundamental para seu ciclo
operacional, refiro-me ao Capital de Giro, cuja administração deve proporcionar à empresa o
adequado cumprimento da sua política de operação completa, o que envolve desde a compra de
materiais, passando pela estocagem, produção, venda e o prazo de recebimento.
Várias questões definem sua importância, dentre as quais encontram-se as de
sobrevivência no mercado, atrelado ao acirramento da concorrência e aos juros que se elevam e
tornam a captação de recursos externos uma estratégia que deve ser analisada com bastante
atenção.
Partindo de um conceito básico, o economista e professor Assaf Neto, define o Capital de
Giro como recursos que giram (circulam) várias vezes em determinado período. Sim, trata-se de
um recurso que financia o ciclo operacional e lastreia o processo produtivo e o de vendas.
Os recursos ou os compromissos financeiros de uma empresa são definidos por sua
temporalidade, o que denominamos de circulante, este conceito vincula os recursos ou dívidas
que possuem um prazo de até um exercício social, ou seja, até no máximo o fim do ano seguinte
na data de encerramento das Demonstrações Contábeis.
Outrossim, o Capital de Giro é identificado como correspondente ao ativo circulante da
empresa, aqueles recursos que suportam todo o ciclo operacional, trazendo em seu bojo um alto
grau de volatilidade, pois seus componentes possuem um tempo curto de duração e os mesmos
são alternados por outros itens circulantes repetidas vezes.
Vale enfatizar, em empresas comerciais a gestão eficiente do seu Capital de Giro
representa o coração do seu negócio. Na administração empresarial, existem duas realidades no
cenário brasileiro: a administração artesanal e a profissional. Não desmerecendo os artesãos, mas
apenas identificando uma diferença entre um trabalho técnico e um de atuação intuitiva.
Com fins de atingimento de uma administração exitosa do Capital de Giro o gestor precisa
entender alguns conceitos interessantes para o seu dia a dia:
– Capital de Giro Líquido-CGL ou Capital Circulante Líquido-CLL;
– Capital de Giro Próprio-CGP;
– Ciclo Operacional;
– Ciclo Econômico;
– Ciclo Financeiro;
– Prazo médio de estocagem (PME);
– Prazo médio de recebimento (PMR);
– Prazo médio de pagamento (PMP).
Os conceitos supracitados, apesar de parecerem técnicos e complexos retratam estritamente
os fatores determinantes do fluxo operacional da empresa. À medida que o gestor se familiariza
com essas terminologias, ganha traquejo em suas aplicações e potencializa suas habilidades para
uma gestão financeira ainda mais eficiente e eficaz.
É de suma importância a atenção aos valores alocados no Capital de Giro, pois os mesmos
por serem em sua maioria recursos aplicados no disponível e créditos realizáveis a curto prazo,
são passíveis de depreciação pela corrosão da inflação. Consoante, torna-se uma estratégia com
maior rentabilidade à Empresa manter em seus ativos circulantes valores estritamente necessários
para o atendimento da necessidade mínima da Empresa para a realização do seu ciclo operacional.
Todavia, é de se atentar para a relação risco-retorno da questão que envolve o Capital de Giro,
pois assim como manter valores pequenos na empresa de ativo circulante, os quais fornece maior
rentabilidade para geração de riqueza, ocorre concomitante a elevação dos riscos.
Ainda neste quesito, essa relação é afetada pela decisão que envolve o financiamento desta
figura financeira, o capital de giro. Visto que, o mercado tem opções de crédito bastante
diversificada, então o gestor precisa avaliar se o crédito de curto prazo ou a longo prazo, por
exemplo, impacta a empresa quanto a sua exposição aos riscos, assim como ao retorno esperado
diante das possibilidades.
O crédito de curto prazo teoricamente possui taxas de juros mais baixas, pois um empréstimo
de maior prazo subentende maior risco ao credor, por outro lado uma empresa que opta por
créditos de curto prazo está mais sujeita as oscilações do mercado, quanto as taxas de juros e a
disponibilidade de crédito.
Assim, escolher a melhor estrutura de financiamento requer do empresário um conhecimento
ou assessoramento que possibilite a análise técnica do risco-retorno dentro das opções disponíveis
de crédito.
Todo o conteúdo acima desenvolvido está no bojo das finanças corporativas que orientam
tecnicamente para uma administração do capital de giro eficiente e exitosa. É comum que o
empreendedor não domine e não tenha pertinência para mergulhar nestes conceitos, por esse
motivo desenvolvemos em nosso Escritório de Contabilidade uma Consultoria Técnica específica
e aplicada ao tema:
– Consultoria de Formação de Preço e Capital de Giro;
Isto posto, nos disponibilizamos para contribuir com a sua empresa da melhor forma possível
visando a construção de uma gestão do seu Capital de Giro que proporcione a preservação da
saúde financeira e o desenvolvimento do seu negócio para atingir todo o potencial comercial.